SEÑAlítica
A exposição apresenta um repertório de sinais visuais, uma iconografia artística recente que possui uma dupla filiação sismográfica, duas antenas: a relação com o universo plural da cultura e sua vinculação com o espírito do tempo contemporâneo. Essa produção também se baseia em quatro vertentes de trabalho, concebidas como territórios magnéticos entrelaçados, em diálogo: poemas visuais ampliados, livros-objeto e livros de artista, poemas-objeto/esculturas de pequeno formato, caligrafia/desenho/escrita. Sempre com uma matriz subjacente a tudo: a interface entre palavra/signo e imagem. Isso significa que todos esses campos citados se cruzam e se contaminam por afinidades eletivas, imaginários, vasos comunicantes — muitas vezes, independentemente de seus suportes, registros ou formas aparentes. Trata-se, em suma, de uma contraescrita abrangente, de leque plural, que pode incluir, portanto, escrita visual, gráfica, objetual, fotografia, instalação, intervenção. Ao mesmo tempo, as composições resultantes são flutuantes e tendem à hibridez, com misturas de linguagens e com o sentido de poeisis (criação, poesia) como razão última da ação e horizonte. São 14 obras/séries expandidas, multiplicadas por vários pontos cardeais.