Cuando nadie se acuerde aborda o tema da memória como ferramenta da narrativa oral para a reconstrução do passado, e a resistência como legitimação da memória.
Na primeira parte, nossos convidados contarão histórias sobre mulheres e periferias em São Paulo, contos da selva peruana e dos Andes equatorianos, para depois discutir sobre o papel da narrativa oral como forma de lembrança e espaço de resistência. Terminaremos a atividade com uma sessão de poesia slam.
Memórias da selva peruana
Muitas narrativas compartilhadas hoje em diferentes povoados amazônicos começam dizendo que, antigamente, as plantas, os animais e todos os seres vivos eram pessoas.
Cucha del Águila (Peru): Nasceu e viveu em diferentes povoados da Amazônia Peruana. Cresceu envolta nas histórias que sua família e os habitantes ao seu redor contavam. É uma das promotoras da narrativa oral no Peru. Participou de diversos espaços e eventos de narrativa oral dentro e fora de seu país. Recebeu importantes reconhecimentos em seu país. .
Pimentas delas
Um conjunto de memórias da vida de mulheres que levantaram o bairro Pimentas. Um bairro na periferia de Guarulhos cheio de potências, encontros e curiosidades. Thayame Porto moradora do Pimentas, ouviu essas histórias e agora compartilha de forma oral.
Thayame Porto (Brasil) É artista da palavra. Contadora de histórias, e escritora. Fundou a Kombi dos livros e a Cia Passarinho Contou. Mestre em Educação, acredita que a rua é um grande espaço de saberes, educação e cultura.
Cuentos andinos. O Dançante de Zámbiza
O Dançante de Zámbiza é um dos personagens da Festa Popular do vale de Quito e é um sobrevivente de rituais antigos que quase foram esquecidos. Quando desapareceram os dançantes de Quito? Quem os fez desaparecer? São perguntas que serão respondidas à medida que aprendemos sobre a vida de nossos antepassados, e descobrimos que muitos desses costumes dos povos andinos ainda estão presentes em nós.
Javier Cevallos Perugachi (Equador) É pai de Violeta. Conta histórias e acredita profundamente no poder da palavra para gerar mudanças, para nos curar como comunidade. Trabalha em teatro desde 1993, na literatura desde 1998 e no Quito Eterno desde 2002. Diretor de Criatividade, Memória e Patrimônio, assim como de Cultura no Espaço Público na Secretaria de Cultura do DMQ. Atualmente, ele está encarregado da Direção de Promoção Artística e Cultural da Casa das Culturas.
A palavra como ferramenta de transformação social
A palavra é o ponto de partida dessa palestra, onde Mel Duarte, com sua poesia, nos convida a refletir sobre a arte da oralidade, essa herança cultural que nos foi herdada e sempre foi utilizada como forma de manter os costumes e crenças de um povo vivos, desde a época dos Griots, o movimento Beatnik, chegando aos trovadores, poetas de rua, os saraus e hoje aos Poetrys slams (batalhas de poesias).
Mel Duarte (Brasil) Comunicadora, slammer, escritora, poeta, compositora e produtora cultural. Uma revolucionária do cotidiano que acredita nas palavras como uma ferramenta de transformação social. Nasceu na primavera de 1988 em São Paulo (SP) e está envolvida com a literatura desde 2006.
