Quadro permanente

A estreia de Ezequiel Radusky, Os donos (2013), já lidava com os problemas que atravessam a contraposição entre pessoas de diferentes classes sociais, onde o espaço define sua identidade e também atua como possível lugar de conflito. Em Quadro permanente, a abordagem à estratégia de poder que os lugares exibem, dependendo de quem os controla e promove, chega às últimas consequências para evidenciar até que ponto somos prisioneiros de nossas circunstâncias.

Sinopse: Lila e Marcela trabalham toda a vida como equipe de limpeza em uma dependência estatal. Conhecem seus recantos como ninguém e inventaram uma forma de subsistência - e um sonho - gerenciando uma lanchonete absolutamente irregular em um canto abandonado do prédio. Mas os tempos mudam: chega uma nova diretora - com seus discursos cínicos, repletos de lugares-comuns - e com ela vêm promessas vazias, o fechamento da lanchonete e uma onda de demissões que destroem o precário equilíbrio da vida no Estado e transformam as tarefas cotidianas em uma luta pela sobrevivência.