Atividades culturais

Berlanga & Bardem

De 5 a 18 de outubro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Berlanga & Bardem, dedicada a dois grandes diretores espanhóis que começaram suas carreiras juntos no início da década de 1950. Luis García Berlanga e Juan Antonio Bardem faziam parte do grupo dos "Três Bes" do cinema espanhol, juntamente com Luis Buñuel, devido à sua abordagem inovadora ao cinema.

Luis García Berlanga: Nascido em 1921, estudou Direito e Filosofia e Filologia, embora tenha abandonado os estudos para ingressar no Instituto de Investigações e Experiências Cinematográficas de Madrid em 1947, onde mais tarde se tornou professor. Lá, fez amizade com Juan Antonio Bardem, com quem filmaria seu primeiro filme, Esa pareja feliz (1951). Em 1952, dirigiu Bienvenido, Mister Marshall sozinho, com um roteiro de Berlanga, Bardem e Miguel Mihura, que recebeu prêmios no Festival de Cannes. Em 1961, em colaboração com Rafael Azcona, dirigiu Plácido, uma denúncia da hipocrisia social da época, que foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1963, também com Azcona, realizou El verdugo, que ganhou o Prêmio da Crítica no Festival de Veneza. No Festival de Karlovy Vary, foi premiado como um dos dez cineastas mais relevantes do mundo.

Juan Antonio Bardem: Nascido em 1922, pertence a uma longa família de artistas, na qual já existem quatro gerações de atores: filho dos atores Rafael Bardem e Matilde Muñoz, irmão de Pilar Bardem, pai de Miguel Bardem, tio de Javier e Carlos Bardem. Apesar de seu vínculo familiar com o cinema, inicialmente se interessou pela carreira de Engenharia, que estudou em Madrid entre 1943 e 1948, enquanto trabalhava no Ministério da Agricultura. Depois, juntou-se à primeira turma do Instituto de Investigações e Experiências Cinematográficas (IIEC), onde conheceu Luis García Berlanga. A partir desse momento, forjou-se uma relação de amizade e colaboração artística que resultou na codireção de Esa pareja feliz (1951) e no roteiro de Bienvenido, Mister Marshall (1953), ambos escritos com Miguel Mihura. Em 1953, começou a dirigir seus próprios filmes. Em Muerte de un ciclista (1955) e Calle Mayor (1956), refletiu duramente a realidade de sua época, o que lhe valeu reconhecimento internacional.

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