A memória do deserto de Saleta Rosón
Saleta RosónO Instituto Cervantes de Lisboa volta a colaborar com o IMAGO, o mais importante festival de fotografia de Lisboa, que este ano tem como tema: Acção para um futuro verde, com a exposição da fotógrafa Saleta Rosón intitulada A memória do deserto. Suas imagens nos levam a duas cidades abandonadas: uma colonial chamada Kolmanskop, construída pelos alemães em 1908 no deserto do Namibe (Namíbia) para abrigar mineiros de diamantes. A outra é Al Madam, cidade construída entre os anos de 1970 e 1980 dentro do Emirado de Sharjah (Emirados Árabes Unidos), a apenas 60 km da cidade de Dubai. Estas duas cidades foram criadas pelo homem no deserto, ocuparam a natureza, intervindo no seu ciclo de vida e mudando o destino daquelas dunas. Nas décadas sucessivas o homem tornou-se um invasor daqueles lugares desérticos, quando já não precisava deles e os abandonou, a natureza iniciou a sua particular reconquista.