Os olhos, o espelho da alma e Cósmica

Nesse momento duas exposições de fotografia compartilham o mesmo espaço. Os olhos, o espelho da alma e Cósmica. A primeira do fotógrafo colombiano David Matiz, a segunda do fotógrafo açoriano Orlando Azevedo. Sobre Os olhos, o espelho da alma, David Matiz, apaixonado por capturar a essência da alma através dos olhos, criou uma série de retratos que refletem a profundidade e a emotividade de seus sujeitos. Esta exposição busca demonstrar como as expressões oculares podem revelar os verdadeiros sentimentos e pensamentos de uma pessoa. A metáfora poética de que os olhos são o espelho da alma tem sido uma inspiração central para Matiz, que utiliza sua lente para capturar momentos que transcendem as palavras e ações externas. Sobre Cósmica, nos conta o autor: "...há mais de três décadas que o fotógrafo Orlando Azevedo vem fotografando texturas e nervuras de rupestre roteiro onde o estado de perturbação e revelação é uma constante neste intenso labirinto que desafia o olhar mais apurado. Revelar recriando o areal irreal. Surreal paisagem de arqueológica e geológica metáfora. Quando era criança Orlando Azevedo acompanhou seu pai-geólogo e pedologista da FAO - não só em diversas expedições e pesquisas como também permanecia longos períodos com o olho mergulhado no microscópio onde pequenas partículas e fragmentos de solo se transformavam num imenso solo de onde surgiam universos desconhecidos, cristais caleidoscópicos e glaciares. È deste ciclo de pesquisa e do fascínio do invisível que nasce seu olhar inquieto e curioso. Assim surgem novas terras e mapas, leitos e lácteas. Tempo e matéria desconstruídos e decompostos. Um relógio de ferrugem. A terra respira e conspira. Pátria celeste do sonho em seu ninho terrestre.''