Altar do mortos
Catrina. Autora: Itzel Denisse Zárate Salazar
No México, todos os anos, na noite dos dias 1º e 2º de novembro,
celebramos o dia dos mortos. Nessa data, os falecidos retornam à terra
para encontrar seus entes queridos. Os vivos, para recebê-los, preparam
um banquete com as comida e bebidas favoritas dos falecidos, bem como a
música para recebê-los, seja no cemitério ou em altares tradicionais
montados em casas. É uma festa em que se cultuam os antepassados, e à
vida através da morte. Esse festejo transformou-se em um verdadeiro
festival nacional mexicano, no qual a dor, tristeza e pranto pelos entes
queridos que já partiram se mescla com o colorido da festa e a alegria
característica do povo mexicano.
O altar dos
mortos é, definitivamente, uma expressão cultural da maneira de entender
a morte para os mexicanos, que acreditam que a morte não é trágica, mas
sim que há um componente festivo. Desta forma, o altar apresenta um
ingrediente lúdico e, ao mesmo tempo, é uma metáfora da própria vida, ou
seja, um lugar de trânsito que nos leva à morte.
Normalmente, este altar fica instalado em uma sala e se utiliza uma mesa
com diferentes níveis, que representa os diferentes planos
existenciais. Uma oferenda inclui de três a sete níveis. Não há um único
modelo de altar no México, no entanto, todas as suas variantes são uma
alegoria da morte.