Atividades culturais

Mellah, o bairro judaico nas medinas do norte do Marrocos. Reinterpretação do espaço da minoria na cidade islâmica

Mellah, o bairro judaico nas medinas do norte do Marrocos. Reinterpretação do espaço da minoria na cidade islâmica Kike

Os bairros reservados aos judeus (mellahs) foram um componente vital das cidades com maioria muçulmana no Al-Magrib al-Aqṣà, e têm sido pouco estudados e, os escassos trabalhos realizados tratam este tema abordando o estudo dos bairros minoritários como unidades em si mesmas, vistas desde a exclusão e a singularidade, como exceções da cidade islâmica “ideal”, sem levar em conta as várias conexões entre o bairro da minoria e o resto da medina e ignorando o fato de ter sido um componente inseparável e estrutural do conjunto da sociedade. A larga experiência dos judeus marroquinos, não pode ser ignorada, nem considerada à margem de seus vizinhos muçulmanos. Os judeus formaram parte da paisagem do atual Marrocos desde antes da arabização e islamização do Magreb. Será abordada a análise da arquitetura residencial habitada pela comunidade sefaradita em Tetuão, ”a Pequena Jerusalém”. Será cosntruída nos espaços compartilhados com os muçulmanos, desde a refundação da cidade a finais do S. XV, trás sua expulsão da Ibéria, até princípios do S. XIX na Mellah al-Bali, e especialmente a partir da ocupação de um espaço urbano próprio e separado, trás o traslado provocado pelo dahir do sultán Mulay Sulayman, en 1807, a Mellah al-Jadid, até bem dentro do século XX. Por último, se fará uma revisão da arquitetura residencial promovida pelos sefarditas na C/ Luneta e sua participação na execução do “Ensanche Español”. Será tratado sobre como e em que medida suas características determinantes, em algum momento, permitiram adjetivá-la, ou não, como “arquitetura judaica” distintiva, separada do tipo dominante, pondo de manifesto por quê e como se produziu sua transformação.

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