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Dia do Cinema Espanhol: Embrujo

Dia do Cinema Espanhol: Embrujo Adriana

No próximo dia 6 de outubro, celebramos a terceira edição do Dia do Cinema Espanhol, que presta homenagem e recorda o patrimônio cinematográfico espanhol através da recuperação de obras especialmente importantes devido à sua conexão com as diferentes audiências de cada momento, mas também para apresentar filmes cuja singularidade lhes confere um lugar de destaque em nosso cinema. 

Este ano, é apresentado o filme Embrujo, dirigido por Carlos Serrano de Osma e estrelado por Lola Flores e Manolo Caracol, duas estrelas incontestáveis da música e da dança flamenca. Longe de ser um filme associado às comédias espanholas da época, a equipe por trás da produtora Boga optou por uma abordagem de realização e uma proposta estética que dialogavam com a visualidade do expressionismo cinematográfico, por meio de uma encenação e montagem ancoradas na melhor vanguarda do cinema europeu do início do século.

Este título de 1947 é, portanto, uma raridade que cruza a expressão mais revolucionária do flamenco cênico com um cinema de pretensões inovadoras e disruptivas, que teve uma recepção agridoce junto ao público da época, cujas expectativas estavam direcionadas a um cinema mais convencional.

Visto a partir da perspectiva atual, Embrujo é uma joia cinematográfica e testemunho de um momento em que uma das raízes folclóricas mais ardentes do século XX —o flamenco— conseguiu se expressar através do meio dominante da época —o cinema—.

Além disso, Embrujo serve para celebrar o centenário do nascimento da grande Lola Flores, que depois deste filme teve uma carreira frenética no cinema popular espanhol e em diversos espetáculos cênicos e posteriormente na televisão, tornando-se um verdadeiro mito da cultura espanhola.

Sinopse: Lola é uma glória da dança flamenca que vive seus dias de velhice. Participa de uma homenagem que lhe é oferecida e, enquanto observa uma jovem dançar, relembra seus primeiros passos e seu sucesso como estrela do flamenco. Em seus primeiros dias no teatro, trabalhando em shows variados conhece Manolo, um cantor que logo se apaixona por ela. Manolo tem um senso estético muito especial e propõe à jovem que desenvolvam números juntos, nos quais ele canta enquanto ela dança. Logo, eles começam a colher sucessos. Manolo fica cada vez mais obcecado por Lola, mas ela não corresponde a seus sentimentos. Lola embarca em uma carreira solo que a leva a diferentes países, mas ela não consegue esquecer Manolo, que, abandonado por ela, entra em um processo de autodestruição.

Debate: 

Após a exibição do filme, contaremos com a presença do professor de espanhol Maximiliano Loschiavo para uma conversa junto ao público. 


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