Zurbarán e seus doze filhos
Este documentário conta a história e o significado de Jacob e seus doze filhos, uma série de treze quadros pintados por Francisco de Zurbarán em Sevilha por volta de 1640, possivelmente destinados ao Novo Mundo, embora nada se saiba sobre eles até serem adquiridos em um leilão pelo comerciante londrino James Mendez, setenta anos depois. Mais tarde, num gesto significativo durante o debate sobre a lei de emancipação dos judeus ingleses, o bispo de Durham Richard Trevor comprou essas pinturas em 1756 e as pendurou na sala de jantar de Auckland Castle, onde permanecem até hoje. Agora, graças à iniciativa de um financista oriundo dessa região, Jacob e seus doze filhos se tornaram um motor de regeneração para uma comunidade no norte da Inglaterra. Durante a reforma de sua sede habitual, os Zurbaráns foram exibidos em Dallas (Meadows Museum), Nova York (The Frick Collection) e Jerusalém (Museu de Israel). Este filme acompanha sua jornada internacional, trazendo contribuições de renomados especialistas em pintura espanhola, bem como dos idealizadores de um ambicioso projeto que utiliza a arte como ferramenta de transformação social. Arantxa Aguirre é doutora em Literatura Espanhola e publicou os livros Buñuel, leitor de Galdós (Prêmio Pérez Galdós 2003) e 34 atores falam sobre seu ofício, sequência de seu documentário Hécuba, indicado ao Goya em 2007. Trabalhou como assistente de direção de Mario Camus, Basilio Martín Patino, Pedro Almodóvar e Carlos Saura, entre outros. Entre seus filmes documentais destacam-se os premiados El esfuerzo y el ánimo (2009), American Swan in Paris (2011) e Dancing Beethoven (2016) – este último também indicado aos prêmios Goya, Forqué e Platino –, que foram lançados comercialmente em diversos países. Em 2020, foi nomeada acadêmica titular da Real Academia de Belas Artes de San Fernando.
