Elías Aguirre. O fim do mundo. A tarefa inteligente de contornar o sequestro do movimiento

Esta é uma grotesca rebelião das personagens dos espectáculos de Elias Aguirre durante a COVID-19: 87 grilos, SWhite Room, Entomo, Escuálido Marsupial, Longfade, Lucha o vuelo, Flightless, Shy Blue, Pez Esfinge, Puk y Nuk, Rarewalk, Insecto Primitivo... Nas palavras de Aguirre: "Fomos raptados pelo movimento mas não pela inquietude ou pela capacidade de imaginar. Somos um complexo de insetos dançantes que não pára mesmo quando confinado ao seu covil. "Em momentos extraordinários como este, é urgente desenvolver capacidades de super-herói ou inspirar-se no fascinante e muito mais próximo micro-mundo entomológico: formigas que lutam com ácido fórmico, pulgas com super saltos, pirilampos com poder luminescente, insetos foliares com incrível poder de camuflagem... Vamos fazer uso do nosso poderoso anticoagulante criativo e usar línguas que habitam o espaço confinado; aquelas línguas que nos fazem viajar, curar e metamorfosear. "Talvez estejamos perante o fim da dança como a conhecíamos até agora. Talvez nos apercebamos do verdadeiro poder desta arte relegada. Talvez haja um novo mundo cénico a ser descoberto. A nossa libertação poderia ser acompanhada por uma abordagem vertiginosa da natureza invisível que reconquista os lugares que lhe foram retirados. Nesse caso, teríamos a oportunidade de reviver as experiências dos antigos exploradores, de entrar em paisagens desconhecidas e inspiradoras que poderiam muito bem ser os novos cenários.